LÍNGUA PORTUGUESA



7º / 8º ano


Aula de 05/11


Leiam as notícias abaixo para depois comentarmos:



1.   Dilma sanciona cotas de 50%



No dia 29 de agosto de 2012, a lei de cotas universitárias já aprovada pelo Senado foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff. A nova lei destina 50% das vagas em universidades federais para estudantes oriundos de escolas públicas.
Pela nova decisão, metade das vagas oferecidas serão de ampla concorrência, a outra metade será reservada por critério de cor, rede de ensino e renda familiar. As universidades terão quatro anos para se adaptarem à lei. A presidente Dilma declarou:
“O Brasil precisa fazer face frente a esses dois desafios, não apenas um. Nada adianta manter uma universidade fechada e manter a população afastada em nome da meritocracia. De nada adianta abrir a universidade e não preservar a meritocracia”.



2.    Casamento Homossexual é legalizado no Brasil
06-05-2011 00:46


O julgamento do Superior Tribunal Federal decidiu hoje que o casamento gay está legalizado no Brasil. Com expressiva maioria de votos os ministros do STF tornaram a união estável homoafetiva legalizada, incluindo o Brasil entre os países que reconhecem o casamento homossexual como comum para a sociedade.
A decisão cria um precedente nacional onde juridicamente gays podem se casar no Brasil, tendo sua união estável reconhecida pela justiça, garantindo direitos comuns a casais heterossexuais como pensão, herança, comunhão de bens e previdência. A decisão também deve facilitar a adoção de crianças por duas pessoas do mesmo sexo, reconhecendo então como família gays que possuem filhos adotivos.
A partir da decisão o casal homossexual pode pedir o reconhecimento da união civil em cartório, ou juridicamente comprovar a união estável afim de usufruir dos direitos comuns a casais heterossexuais. A decisão também deve facilitar a aprovação da PLC 122, criada para ser uma lei anti-homofobia. A causa foi várias vezes citada nos discursos dos votos.
Protestos
Apesar de não haver passeatas ou protestos mais incisos, a decisão aconteceu sob forte crítica da CNBB (Convenção Nacional dos Bispos do Brasil, entidade Católia) que apresentou defesa no julgamento. O Pastor Silas Malafaia também fez campanha para que fiéis enviassem e-mails para os ministros pedindo que eles recusassem o pedido de legalização do casamento gay.



3.    Enquanto tentam levar vida normal, anões colecionam histórias de preconceito


Gabriela Sylos  Do UOL Notícias Em São Paulo


Uma pequenina mesa de jantar, rodeada de quatro cadeiras menores ainda, divide espaço com um sofá pouco convencional. "Tem tudo a ver com a gente", resume Adriana Poci Cabral, 42 anos, 1,30 m, que comanda a loja Casinha Pequenina, no shopping Eldorado (zona oeste de São Paulo), junto com a irmã Mila Poci Cabral, 39 anos, 1,20 m. Quase todos os objetos da loja cabem na palma da mão. "Comércio é difícil, mas com esta loja [de miniaturas] quase não temos concorrência", completa Adriana. 
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Adriana  e Mila são donas da loja Casa Pequenina, que vende objetos em miniatura. As duas trabalham também como artista plástica e atriz, respectivamente
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As irmãs contam que alguns clientes já ficaram desconcertados ao perceber que elas eram anãs. Mas isso é raro. Segundo Mila, boa parte deles vai lá para vê-las. "A gente é como um folclore", diz, "às vezes levamos bronca porque não estávamos na loja. Muitos querem ser atendidos apenas por nós". 

Mas por trás dos sorrisos que elas espalham para os clientes, existe uma realidade menos 'colorida', compartilhada por outros anões. 

"Outro dia saímos do ônibus e um homem, de dentro de um carro, chamou a gente de anãs de circo", conta Adriana. "Eu não ligo muito, mas a Mila fica nervosa com as brincadeiras". Adriana, entretanto, lembra de um caso que a incomodou. "Há uns 10 anos, eu trabalhava em uma loja de acessórios para banheiro, e era a minha vez de atender um cliente. Quando eu me apresentei, ele me ignorou, fingiu que não me viu. Eu passei o cliente para uma colega e fui chorar no estoque da loja".

Com Kênia Hubner, 53 anos, 1,23 m, as histórias de preconceito se repetem. Ela e o marido Hélio Pottes, 53 anos, 1,33 m, são responsáveis pela associação Gente Pequena, uma organização inspirada na Little People of America, dos EUA, que estava inativa por duas décadas e renasceu há 3 anos. 
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Para a advogada, Tatiana Muniz, 29 anos, 1,26 m, o anão não é visto como artista e sim como um motivo para as pessoas darem risada. Antes de fazer o curso de direito, Tatiana ganhava dinheiro com eventos em festas e danceterias. "Quase 100% dos eventos eram voltados para a sátira", relembra, "eu me sentia mal". Agora ela está estudando para o concurso da magistratura. "Por falta de oportunidade no mercado de trabalho ou por não poder custear um curso, os portadores acabam abrindo mão do sonho", acredita Tatiana.



4.Mulher no poder


Enviado por Míriam Leitão e Valéria Maniero
Até agora foi evento histórico, minoria estatística, exceção à regra, casos que se contam nos dedos. Mas ao longo das próximas décadas, o processo vai se intensificar e mulher no poder será natural, parte da paisagem. Estamos nos anos 10 do século XXI. A última mulher a nos governar foi nos anos 80 do século XIX. Foi uma longa espera. Nunca mais haverá um intervalo tão longo.
Os homens monopolizaram a presidência durante toda a República e mulheres presidentes foram casos esporádicos em qualquer país, apesar de a figura que representa a República Francesa ser Marianne. O símbolo era feminino como enfeite, à moda dos ícones de liberdade na História antiga. Nunca mais será mera ilustração, não porque temos pela primeira vez uma presidente no Brasil, mas porque assim caminha a humanidade. Estamos no meio da estrada, há sinais espantosos de atrasos, há eventos estimulantes, mas a escolha do rumo já foi feita. Este será o século do desembarque das mulheres no poder político, como o último foi o do avanço sobre o mercado de trabalho.
Nos anos 1940, as mulheres foram convocadas para as fábricas na falta de homens, que tinham ido para a guerra. Os cartazes da campanha americana mostravam uma operária e a frase: “Nós podemos fazer isso”. Ao fim da guerra, foram mandadas de volta ao lar. Como na Revolução Francesa, tinham sido convocadas ao combate e depois, descartadas. A Liberdade, Igualdade, Fraternidade valia apenas para os franceses. Elas só puderam votar em 1945. Mas as americanas do pós-guerra não voltaram ao papel antigo. No ano passado, representaram metade do mercado de trabalho. A revista “Economist” recuperou a figura da mulher operária da campanha da época da guerra, e fez uma capa histórica: “Nós conseguimos”.
Era 25 de maio de 1871 quando uma mulher ajoelhou-se diante do Senado e assumiu a regência do Brasil. Parecia apenas o cumprimento da regra imperial, mas Pedro II teve que enfrentar resistência para entregar a coroa à filha, conta o historiador José Murillo de Carvalho num programa que fiz na Globonews (pode ser visto no blog www.miriamleitao.com). Era um momento tenso. O Imperador patrocinara o envio da proposta de Lei do Ventre Livre e, nos clubes das lavouras e no Parlamento, as elites escravocratas resistiam. Muita gente achou uma imprudência, até porque, aos 24 anos, a princesa Isabel nunca tinha mostrado a mesma vocação para o poder que a bisavó Carlota Joaquina, nem mesmo a da avó Leopoldina que, nos bastidores, tinha participado da Independência.
A princesa regente assumiu o poder duas outras vezes e acabou governando mais de três anos, quase um mandato presidencial. Na terceira e decisiva regência, entrou para a História. O país estava dividido e ela escolheu o lado certo, isso é o mais relevante. Participou ativamente das negociações que levaram à Abolição. Afastou, por outros motivos, um dos grandes obstáculos à Lei Áurea, o Barão de Cotegipe da presidência do conselho de ministros e nomeou João Alfredo, simpático à libertação dos escravos. Que ela conspirava contra a ordem escravocrata se sabia no Palácio, onde seus filhos editavam um jornal abolicionista, considerado subversivo pelos donos de escravos. Naquele distante 1888, foi a última vez que uma mulher governou o Brasil, até o dia de ontem, quando Dilma Rousseff assumiu a presidência.
O que isso significa? Se nada significasse já seria o fim de um monopólio. Mas as batedoras mulheres, o aumento da presença feminina no Ministério são pequenos sinais de que os próximos quatro anos poderão mostrar novos avanços.
Já se pode dizer que não serão suficientes porque o Brasil está muito atrasado. Num ranking feito pelo demógrafo José Eustáquio Diniz Alves com outros pesquisadores, o Brasil está em 110º lugar em presença de mulher no Parlamento com magérrimos 8,8% de parlamentares mulheres. Isso, 77 anos depois de ter tomado posse a primeira deputada federal brasileira, Carlota Pereira Queiroz. Bertha Lutz, grande líder sufragista não se elegeu, ficou como suplente e nunca assumiu, porque depois veio o Estado Novo, no qual ninguém votava, nem era votado, seja homem ou mulher.
No mercado de trabalho, a brasileira já é 44% da População Economicamente Ativa, mas ganha menos e ainda ocupa apenas 14% dos cargos de direção das 500 maiores empresas brasileiras, mesmo assim, mulheres executivas ou empreendedoras começam a fazer parte da paisagem empresarial brasileira.
A jornalista Ana Arruda Callado acha que até hoje os homens não se sentem confortáveis em serem chefiados por mulher. Que se acostumem, não haverá volta. A escritora Rosiska Darcy reclama que se fala da mulher apenas no espaço público, e que a forma certa de olhar é valorizando-se a vida privada. Para ela, fora ou dentro do mercado de trabalho, a mulher tem sido a grande responsável por humanizar a humanidade, ou seja, transformar o recém-nascido, que ela define como “um bichinho”, no ser socializado que é levado à escola.
Ana Arruda completa o raciocínio, dizendo que os homens precisam entrar no movimento feminista, e aprender não só a dividir o trabalho, mas dividir a vida. Alguns já entenderam isso, felizmente. Chieko Aoki, do Grupo de Mulheres Líderes, lembra que há dez anos dava palestras para grupos de executivos formados quase só por homens, hoje, há reuniões em que a maioria é mulher.
Avanços há, basta olhar em volta. Mas os atrasos a serem vencidos também são visíveis. O que as mulheres querem é só a igualdade.





DEBATE



















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AULA DO DIA 06/09 - 8º B























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O PATINHO QUE NÃO APRENDEU A VOAR



Rubem Alves



Taco era um patinho. Era amarelo e fofo como todos os patinhos, quando acabam de sair dos ovos. Mamãe pata olhava feliz para Taco e seus nove irmãozinhos. 

         Papai pato conversava com os amigos e dizia, orgulhosos que seus filhos haveriam de ser lindos patos selvagens, capazes de voar longe, muito longe livres...

         Brincavam o dia inteiro, fazendo uma enorme gritaria, com toda a criançada da vizinhança: os sabiás, os beija-flores, os coelhinhos.

         E chegaram mesmo a ficar amigos de uns peixinhos, com quem gostavam de apostar corrida no ribeirão.
         Tudo era só brincadeira até que o pai chamou todos os patinhos e, com ar muito sério disse:
         -Chegou a hora de começar o treinamento para a liberdade. Taco perguntou logo se liberdade era coisa de comer, se era doce ou azeda. Nenhum patinho tinha ouvido esta palavra antes.
          Papai pato deu uma risada e disse:
          - Não, não é nada disto.
          Liberdade é poder fazer aquilo que agente quer muito, muito mesmo.   O que as nuvens mais querem é virar chuva. Porque a chuva faz as plantas brotarem.              
          E as nuvens ficam felizes quando viram chuva.
         O que os sabiás mais querem é começar a cantar, antes do sol nascer, aquele canto triste e comprido, que faz com que todos os bichos fiquem felizes porque os sábias existem. O mundo seria tão triste sem eles...
         O que os beija-flores mais querem é ser capazes de bater as asas tão rápido, que ninguém vê, e ficar voando, parados, na frente das flores, sugando o seu melzinho.
         As flores sorriem para os beija-flores e os beija-flores sorriem para elas. E todos se sentem felizes.
         O que as rosas mais desejam é tomar um banho de sol e espalhar o seu perfume...
         E há um peixe que tem um desejo enorme de voltar às nascentes do rio onde nasceu.                        
        E para voltar a este lugar encantado ele é capaz mesmo de soltar sobre cachoeiras...
        -E nós, que é que nós mais queremos?- perguntou um dos irmãozinhos.
         -Nós somos patos selvagens. Nosso maior desejo mais fundo, a coisa que mais queremos , é voar. Voar alto. Voar muito alto.
         Voes verão, quando crescerem um pouco mais. Vocês sabem o que é saudade? Saudade é uma coisa que a gente sente quando alguém muito querido partiu e está muito longe. Saudade dói. Às vezes a gente chora de saudade. Pois bem: isto, que nós patos selvagens sentimos, se parece com saudade. Do mesmo jeito que o peixe faz tudo para voltar ao lugar onde nasceu, nós fazemos tudo para chegar às alturas. Nós nascemos para viver nas alturas.
Lá no alto é maravilhoso, continuou o pai. Ás vezes, de tarde, o sol vai se pondo, escondendo-se atrás das montanhas. As nuvens vão ficando vermelhas. Todos os bichos vão voltando para suas casas. As árvores, as matas, as montanhas, o vento, tudo está quietinho. Como se estivesse rezando. Só se ouve o flap-flap das nossas asas. E a gente sente que aquele momento é a coisa mais bonita da vida inteira...
   Taco desatou numa gargalhada.
         - Que é isto, papai? Voar nestas alturas? Aqui embaixo está tão bom. Eu não sei voar e não quero aprender a voar. Corro muito bem, brinco de pique, sei nadar, me divirto á beça com a meninada... Que coisa mais gostosa pode existir na vida?        
         Não existe nada que eu troque por uma brincadeira de esconde-esconde com os coelhinhos e os pardais...
         O papai Pato parou de sorrir.
         Seus olhos ficaram tristes.
         Ele pensou antes de falar.
         - Eu não queria falar sobre isto agora, porque é muito triste. Mas o pato que não aprende a ser livre acaba virando pato doméstico.
         - O que é isto, pato doméstico?- perguntou um dos patinhos com um bocadinho de medo.
         - A gente fica doméstico quando arranja um dono.
         - E o que é isso? – perguntou Taco.
         -Entre nós, bichos, não havia dono. Ninguém era dono de ninguém. Ninguém era animal doméstico. Foram os homens que inventaram isto.vieram os homens com laços e redes e puseram os animais dentro de cercados e os obrigaram a trabalhar para eles.
         Os cavalos, em outros tempos tão orgulhosos e livres, correndo pela campinas, viraram bestas de montaria e de carga.
         Não podem fazer o que querem porque os homens puseram freios nas suas bocas e apertam suas barrigas com esporas...
         Ah! Como eles choram de noite por haver perdido sua liberdade.
         Coisa parecida aconteceu com os cachorros, galinhas, vacas e bois, continuou o pai.                                                                                         Não são donos dos seus narizes. Têm de fazer o que os homens mandam. E quando não obedecem, apanham. Às vezes, quando não servem para mais nada, são mortos para serem comidos como churrasco ou como galinha assada. E a mesma coisa acontece com os patos que não aprendem a ser livres. Acabam virando animais domésticos. Passam a ter um dono...
         Os patinhos estremeceram. Mas o pai continuou.
         - Os homens descobriram, depois, que eles podiam domesticar uns aos outros, também.
         E passaram a fazer uns aos outros aquilo que tinham feito aos animais. Os mais forte ficaram donos dos mais fracos. Os mais fracos são obrigados a fazer a vontade dos mais fortes. E há homens e mulheres, centenas, milhares, que passam a vida inteira sem realizar o seu desejo mais profundo, aquilo que nos faz felizes. Só sabem fazer a vontade dos outros.
         Eles não aprenderam a liberdade.
         Foram domesticados.
         Taco, nesta hora, estava mais interessado em acompanhar o vôo de uma borboleta. Foi quando um bando de pardais passou, fazendo algazarra, com um convite:
         - Vamos brincar de pega?
         Taco, cansado com o “papo-furado’ do pai, saiu correndo e desapareceu. Foi atrás dos pardais. Brincar na verdade, era a única coisa que lhe interessava.
         “Meu pai se preocupa demais com a vida” , ele pensou.
         “Ainda há muito tempo. Depois eu penso nessa coisa chamada liberdade. A vida é muito boa...”.
         Os outros patinhos começaram o treinamento.
         Passavam horas a fio batendo as asas. Suas asas deveriam ser fortes para voar por muito tempo. Aprenderam a respeitar fundo porque, para voar nas alturas precisariam de muito ar. Seu pai lhe ensinou a voar sem esbarrar uns nos outros. E assim o tempo foi passando. Ficavam cansados. E tinham muita inveja do Taco, despreocupado.
         O tempo passou.
         O inverno foi chegando, aos poucos. O sol se escondia mais cedo. As folhas das árvores começaram a cair. A comida foi ficando mais difícil. Taco notou que não havia mais companheiros para a brincadeira... pareciam que todos haviam se escondido. Bandos de patos selvagens começaram a passar, voando lá nas alturas, perto das nuvens. Estavam de viagem, indo para onde era mais quente, para onde havia mais comida. Ele notou que sua família também se preparava para a viagem.
         Chegara a hora que ele pensara nunca havia de chegar. E ele começou a ter medo. Ele nunca havia treinado para ser livre. Nunca havia voado nas alturas. Apalpou os músculos de suas asas. Eram fraquinhos, murchos...mas era tarde demais.
         Chegou o dia da partida. Toda a família se reuniu e veio a ordem:
         - Bater as asas...
         Todos começaram a bater suas asas para esquentar o corpo.
         - Voar – grasnou o pai.
         Todos se elevaram.
         Menos o taco. Seu pai o viu, sozinho, no chão. Disse à mãe que continuasse.
         Haviam de se encontrar depois.
         Ele tinha de ficar para proteger o filho que não treinara para a liberdade.
         Fez uma longa cursa e voltou.
         Taco não conseguiu mesmo voar.
         O remédio era ficar, na esperança de que conseguiriam sobreviver.
         A comida faltava. O pai tinha que voar longas distâncias para buscar comida. Aí chegaram os caçadores. Ninguém os viu. Só se ouvia o trovão de suas espingardas, ao longe. Um dia seu pai saiu e não voltou mais. Aí os caçadores apareceram, com seus laços e redes, em busca dos animais que poderiam ser domesticados. Taco tentou fugir, nadando. Mas uma grande rede redonda caiu sobre ele.
         Foi levado para um sítio e bem tratado. A vida não era má. Ele tinha milho a vontade. Mas uma de suas asas foi cortada para não voar. E foi colocado atrás de uma cerca. Havia se transformado em um pato doméstico. Foi engordando, engordando... Quando o inverno ia chegando, havia o grasnar dos patos selvagens, voando lá nas alturas, brilhando sob a luz do sol.
         Foi só então que ele compreendeu o que seu pai lhe havia dito. Sentia um desejo profundo, lá no fundo, coisa doída parecida com saudade. Queria voar, voar com todos os patos selvagens.
         Por um momento esqueceu-se de tudo. Abriu suas asas, bateu-as com toda a força que era capaz. Chegou até a levantar os pés do chão. Mas era inútil. Muito gordo, músculos moles, asa cortada. Era um pato doméstico.
         O pato selvagem só vivia lá dentro do seu coração, como um grande desejo.
         Duas grossas lágrimas rolaram pela sua face.
         Mas elas não adiantavam de nada.
         Nesta hora, abriu-se a porta do cercadinho e seu dono jogou um punhado de milho.

         Mas ele não tinha fome.



Após leitura e reflexão, clique no link abaixo:
http://rachacuca.com.br/


VIOLÊNCIA


A violência está presente em nosso dia-a-dia, nos noticiários da TV, nas ruas, nas escolas, em casa, em todo canto que se olha é possível perceber algum tipo de violência. Todos os dias milhares de mulheres são vítimas de seus maridos, crianças vítimas dos pais, alunos vítimas dos "colegas", sem contar a violência no trânsito,a psicológica e por aí vai.


O que é violência? 

Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a “ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o mesmo dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação”.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas os especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.




Reflexão:

E você, já foi vítima de algum tipo de violência?

Quais os tipos de violência você conhece?

Por que a violência acontece? O que leva alguém a cometer um ato violento?

Violência é solução para resolver algum problema?

O que se pode fazer para não agir com violência?

O que contribuí para a violência?

O que você pode fazer para diminuir a violência em sua escola?





Vamos analisar as imagens abaixo:

















Agora veja alguns cartazes de protesto:













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ATIVIDADE



Agora você irá criar uma publicação como as que estão acima, um "cartaz" contra a violência, você pode escolher um tipo específico de violência ou abordá-la no geral.


Para isso utilize o programa Publisher 2007 na opção publicações rápidas.

Um comentário:

  1. Saudades do Nelson Pinheiro qeria voltar no tempo de 2011 só para poder rever todos bjss
    Ass: Sarah

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